Enquanto a tecnologia resgata sons do passado, é a presença autêntica que faz o público continuar lotando os shows, como sempre foi
A espera dos fãs acabou. Os ingleses do Oasis, umas das bandas mais aclamadas da última década, está se reunindo para uma turnê em 2025. E isso fala muito sobre a geração Millennial, o consumo, inteligência artificial e experiência.
A banda fez o anúncio oficial em suas redes sociais. Foto: Divulgação
É fascinante, não é? Em um momento em que a IA pode gerar músicas com os arranjos, a voz e a percussão do Oasis – com poucas descrições e alguns cliques, as pessoas mesmo assim ainda não estão migrando para esse tipo de serviço. Elas querem a reconexão com o passado e originalidade.
No caso do Oasis, querem também a reconciliação da família.
Mesmo que isso custe caro (e vai custar), os fãs preferem gastar em ingressos para uma experiência icônica, em troca de um contato genuíno, com um artista real.
Parece que, em um mundo onde a tecnologia pode imitar quase tudo, o valor da autenticidade ainda é o propósito.
Em nosso país, 46% dos brasileiros destinam dinheiro para shows e festivais, segundo pesquisa. Independente dos valores, não se trata apenas da música; é sobre a experiência.
Sandy e Junior em show da turnê Nossa História em São Paulo. Foto: Fábio Tito/G1
A música ao vivo se tornou um negócio maior do que nunca, o que também explica o retorno de bandas mundialmente renomadas como Oasis (ou até grupos como Rebelde e Sandy & Júnior, pensando no nicho brasileiro) precisamente porque oferecem algo que a IA não pode replicar: conexão humana e genuína.
Sejam os momentos imperfeitos das apresentações ou a pura energia pulsante de uma multidão ao vivo, há algo insubstituível em fazer parte de uma experiência real e compartilhada.
“A experiência é uma vantagem competitiva significativa no mercado atual. Não se trata apenas de um produto ou serviço, é como você se faz presente em todos os pontos de contato, criando memórias duradouras que influenciam a percepção e a satisfação do cliente.” – Hugo Rafael, VP de Experiência anacouto
Hugo Rafael na última edição do Branding que Vale. Foto: Divulgação
À medida que o conteúdo produzido por IA se torna cada vez mais comoditizado, as pessoas estão procurando o que não pode ser simplesmente gerado – autenticidade. Um lembrete de que, na era dos robôs, as coisas mais valiosas geralmente são aquelas que não podem ser recriadas por ferramentas baseadas em descrições de comando.
Aliás, como Ana Couto disse em nosso encontro da comunidade LAJE, não é sobre substituir os esforços criativos humanos por prompts. Nosso objetivo é complementá-los, fornecendo novas ferramentas poderosas para expressar ideias, com o profissional sendo sempre o protagonista da história.
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