Branding e organizações evolutivas: é preciso gerar e gerir valor

Entenda os seis princípios das organizações evolutivas e como o Branding é crucial para fortalecer a marca e a cultura empresarial 

Se você já leu o livro A (R)evolução do Branding escrito pela Ana Couto, você deve se lembrar da seguinte frase: “Branding não é uma mudança de marca, é o marco de uma mudança”. No livro, Ana fala como o Branding é a disciplina que ajuda na gestão contínua do valor intangível da organização. No exato momento em que vivemos, onde tecnologias e ferramentas evoluem incessantemente, a necessidade de mudança e evolução das marcas é incontestável. No entanto, à medida que o mundo se reinventa, torna-se crucial cultivar a consciência e a intenção por trás do que construímos. O olhar da Ana Couto para o futuro é mais pragmático do que utópico, reconhecendo que, para construí-lo, é essencial abraçar a energia infinita do propósito. 

Ana Couto é precursora da disciplina do Branding no Brasil e acredita que, se as marcas nacionais fizerem uma gestão rigorosa do intangível com foco em criação de valor, terão plenas condições de se manterem firmes e fortes no mercado, além de competir em pé de igualdade com gigantes globais. A partir desta visão, vamos explorar o conceito de Branding em organizações evolutivas e como a disciplina tem o poder de impulsionar a transformação de pessoas e negócios. 

O papel do Branding em organizações evolutivas  

Enquanto o Marketing é fundamentado em uma gestão de valor a partir da oferta (Preço, Produto, Promoção e Praça), o Branding cria uma gestão de valor a partir da visão de mundo (Produtos, Pessoas e Propósito). Essa abordagem permite não somente melhores resultados para o negócio a partir da construção de comunidades e conexões genuínas com seus consumidores, como impactam positivamente a cultura organizacional e evolução de marca, gerando um senso de unidade e propósito entre todos os stakeholders envolvidos – colaboradores, investidores, fornecedores e comunidades.

O Branding, em qualquer organização, deve ser muito mais do que uma estratégia no papel. Ele deve mudar a lógica da gestão de valor, atuando como o guia da empresa que dá clareza, coesão e direciona as suas ações e investimentos. E uma plataforma de branding bem construída e executada tem o poder de não somente trazer essa clareza, como fortalecer o vínculo emocional entre pessoas e marcas, construindo relacionamentos duradouros. Organizações que aplicam esses conceitos por meio de métodos e processos estruturados, alinhando a estratégia corporativa a estratégia de branding, constroem empresas mais prósperas e resistentes ao tempo, impulsionando naturalmente a transformação organizacional e a evolução da marca.

Um outro ponto importante é que o Branding deve ser adaptável e permitir a inovação contínua. Afinal, é a capacidade de adaptação em um mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) que faz com que as empresas evoluam no mercado, moldando suas estratégias de produto, comunicação e modelo de negócio para manterem-se relevantes e atualizadas no contexto.

A partir desta visão, ressaltamos que o primeiro passo construir organizações evolutivas é entender que o Branding não se trata somente de construção de marca, mas sim da capacidade de gerar e gerir valor para pessoas, organizações e para o mundo.

Branding e liderança que impulsionam o negócio

Quando o branding se alinha com a cultura de uma empresa, o impacto vai muito além do mercado: ele conecta os colaboradores ao propósito da organização. Assim, a marca se fortalece e o ambiente se torna mais colaborativo, onde todos se movem na mesma direção.

Um exemplo marcante disso é a história do presidente dos EUA, John F. Kennedy. Em uma visita à NASA, ele perguntou a um zelador qual era sua função ali. A resposta? “Estou ajudando a levar o homem à Lua.” Essa frase, por mais simples que pareça, diz tudo: mostra como ele se sentia parte de algo muito maior, ligado ao objetivo da organização à qual faz parte, independente do seu cargo.

A construção de comunidades, o ambiente colaborativo e uma gestão que motiva e engaja os colaboradores são tendências moldando a cultura das empresas no século XXI. Quando conectada ao branding, essa mudança cultural ganha força, guiando as estratégias para enfrentar a complexidade e velocidade das transformações sem perder o propósito da empresa.

Vamos analisar quais são os seis princípios das organizações evolutivas e como eles constroem valor de marca?

Os seis princípios das organizações evolutivas por anacouto

Para garantir a relevância e a conexão emocional da marca com todos os seus públicos, é essencial construir uma estratégia de branding que valorize a proximidade, a personalização e a resiliência em tempos de mudanças. As empresas que focam na atualização contínua de suas práticas de branding estarão mais preparadas para responder a novos desafios e oportunidades. E, para construir essa gestão de valor, elas precisam estar fundamentadas em seis princípios:

  1. Guiadas pelo propósito: em um ambiente em constante mudança, o branding ajuda a empresa a alinhar o seu fio condutor, que é o propósito da marca, com as novas demandas do mercado. Ele promove um sentido de propósito que vai além dos produtos ou serviços oferecidos, e conecta a cultura organizacional com a experiência do cliente, permitindo que a marca evolua e se mantenha relevante. Esse alinhamento entre cultura e marca resulta em resiliência e flexibilidade. 
  1. Experiências memoráveis: experiências que ficam na memória são aquelas que valem o tempo que o usuário investe. Seja na jornada offline ou online, essas experiências têm o poder de construir um “brand moment” — um momento de marca que encanta e fideliza o consumidor, conquistando um espaço em sua mente e coração. É importante que as estratégias de experiência estejam alinhadas à proposta de valor da organização, contribuindo para a construção do branding e ajudando a atrair, encantar e fidelizar seus clientes.
  1. Conexão genuína com seu público: quando a proposta de valor de uma marca é colocada em prática, ela não apenas desperta o interesse e o reconhecimento, mas também aprofunda a conexão com o consumidor. Cada ponto de interação torna-se uma oportunidade de fortalecer não só os atributos do produto, mas, principalmente, a transformação que a marca proporciona. Seja no ponto de venda, na embalagem, no site ou nas redes sociais, todos os elementos de experiência e comunicação devem trabalhar juntos para reforçar o Branding e criar um vínculo verdadeiro.
  1. Cultura de inovação: organizações evolutivas são aquelas que integram a inovação em sua cultura, operam com agilidade e buscam aprendizado constante, sempre guiadas por um propósito claro. Seja no âmbito social, ambiental, educacional ou tecnológico, essa cultura precisa ser revisitada continuamente para se adaptar aos novos contextos. O Branding, nesse cenário, atua como um motor essencial, comunicando o diferencial da marca e seu impacto no mundo, ressaltando a transformação e a relevância que ela promove.
  1. Aprendizagem constante: que integram branding e cultura organizacional constroem um ambiente que promove criatividade, aprendizado contínuo e experimentação, essenciais para marcas evolutivas. Quando o Branding se alinha com uma cultura de aprendizagem, ele amplifica o impacto da marca e inspira os colaboradores a adotar práticas inovadoras, educativas e ágeis. Com isso, a organização não apenas se adapta ao mercado, mas também estabelece uma trajetória de aprendizado e crescimento constantes.
  1. Dados para gerir valor: marcas flexíveis que se atualizam continuamente podem não apenas responder às mudanças, mas também liderá-las. Organizações evolutivas fazem uso estratégico de dados para gerir o valor do Branding, compreendendo e antecipando as necessidades dos consumidores. Esse processo envolve a coleta e análise contínua de dados, permitindo que a marca evolua em tempo real e permaneça relevante.

Na anacouto, há muito tempo deixamos de ser apenas uma agência de Branding. Hoje, nosso ecossistema se expandiu para incluir a LAJE, uma plataforma de conteúdo e aprendizagem que compartilha nosso método e fomenta a cultura do branding no Brasil e no mundo, alcançando milhares de alunos. Além disso, temos o Valometry, uma ferramenta de gestão contínua de branding que combina insights dos consumidores, dados e tecnologia, permitindo que líderes e gestores de marcas tomem decisões mais assertivas.

Essa evolução reflete nosso propósito de “Impulsionar o valor de pessoas e organizações”, contribuindo para que não apenas nossos clientes, mas todo o nosso ecossistema evolua de forma integrada e colaborativa, na mesma velocidade em que o mundo está evoluindo.

Branding como motor de mudança e evolução

Nessas organizações, o Branding não é estático; ele se molda e ajusta de acordo com as tendências emergentes da sociedade e do mercado, tornando-se uma ferramenta não só de diferenciação, mas de transformação ativa, reforçando a posição da marca como inovadora e conectada com as mudanças do mundo.

Organizações evolutivas têm o Branding como um elemento essencial para consolidar seu propósito e gerar experiências memoráveis que vão além da simples venda de produtos ou serviços. Conectando-se genuinamente ao público e adaptando-se ao cenário dinâmico do mercado, elas fortalecem sua cultura e tornam-se agentes ativos de transformação, destacando-se pela inovação e relevância constante. 

Conteúdo por: Bianca Barboni e Paula Cardoso.

Vamos evoluir a sua organização com Branding?
Vai ser um prazer conversar com você!

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