Há alguns anos preocupações socioambientais fazem parte da construção de valor das organizações. Na mídia, o termo ganhou mais destaque e força, despertando a atenção para casos de desastres ambientais, como o que aconteceu em Mariana ou o vazamento de petróleo, após a explosão da plataforma no Golfo do México. Empresas no mundo tem repensado como a sustentabilidade baseada no tripé social, financeiro e ambiental, precisa ser levada a sério.
Organizações cada vez mais voltam suas atenções para questões ambientais e ecológicas, ainda que algumas só adotem as mudanças diante da pressão de consumidores engajados, assumindo a relevância que a eco-friendly e o cruelty-free têm conquistado na sociedade. Afinal de contas, empresas entendem o quanto um bom posicionamento em relação a essas questões, quando bem amarrado e alinhado com o propósito, pode favorecer positivamente o seu negócio. Além disso, a preocupação também chegou até o mercado financeiro. Por meio da sigla ESG (Environmental, Social and Governance), investidores ou gestores de fundos, em busca de ativos ESG, procuram empresas que sejam classificadas nos fatores de cuidado social, governança corporativa e responsabilidade ambiental.
Diante desse cenário, destacamos a importância de uma marca como a Natura, que há alguns anos leva a sustentabilidade a sério. A companhia tem compromissos concretos a serem cumpridos, definidos na sua “Visão de Sustentabilidade 2050”, com iniciativas traçadas para deixar o mundo mais verde. O objetivo é ir além das consequências geradas pelo próprio negócio, promovendo impacto positivo nos âmbito econômico, ambiental, social e cultural.
Dentre os projetos, destacam-se “Amazônia Viva”, “Mais Beleza, Menos Lixo” e “Cada Pessoa Importa”. Além disso, a empresa investe em um modelo de desenvolvimento que valoriza a Floresta Amazônica e práticas agrícolas sustentáveis, combatendo o desmatamento.
A marca também possui o selo B Corp – grupo mundial de empresas que unem lucro com benefícios socioambientais – além da marca Ekos, certificada com o selo UEBT (Union for Ethical Biotrade), legitimando que os ingredientes utilizados são de origem sustentável e prezam por uma relação ética com comunidades fornecedoras.
A BASF, também do nosso ecossistema, é um outro exemplo de organização que alinha sua evolução a partir do propósito com políticas de sustentabilidade. Ela acabou de criar uma nova marca de produtos com soluções voltadas para a reciclagem de materiais. Com a meta de criar um futuro sustentável, o objetivo, por ora, é tornar mais robusto o processo de reciclagem mecânica, contribuindo para que o plástico tenha uma nova vida útil. Ou seja, dessa maneira, a companhia viabiliza a utilidade do plástico após a reciclagem e reduz o descarte desse material no meio ambiente.
Todos os processos serão realizados sem nenhum desgaste ambiental, contribuindo para facilitar a reciclagem do plástico, proporcionando ao seu público cada vez mais soluções sustentáveis em todos os níveis de produção.
Se sustentabilidade era vista como um diferencial importante, hoje é parte de uma estratégia mais ampla que deve estar no dia a dia das organizações, contemplada em seus modelos de negócio e no impacto positivo que geram para o mundo. Com a devida seriedade – afinal, nenhuma empresa quer ser acusada de greenwashing – marcas têm a oportunidade de colocarem em prática os seus propósitos com ações que engajam o seu ecossistema e consideram a sustentabilidade de forma mais ampla, do meio ambiente à sociedade, dos consumidores aos produtores.