Você sabia que em torno de 95% das nossas decisões de compra acontecem de forma inconsciente? Bom, a conversa é um pouco mais complexa do que isso, mas vale conferir o que o pesquisador Gerald Zaltman tem a dizer sobre o assunto. O ponto é: como consumidores, muitas vezes deixamos nossas vontades, desejos e emoções à frente do processo quando optamos por uma Marca ou outra.
À medida que o século XX se desenrolava, a competição das Marcas pela atenção das pessoas cresceu com uma intensidade impressionante. Isso ganha contornos ainda mais amplos neste século XXI, com os canais digitais se multiplicando sem parar. E quanto mais produtos, ofertas e serviços são oferecidos, mais se torna necessário se destacar na multidão para manter a relevância.
Então, Marcas passaram a desenvolver atributos visuais e territórios mais fortes e consistentes. Para além disso, aquelas que vêm se destacando no jogo da construção de valor entendem que não basta uma construção visual e verbal distinta, mas precisam se conectar às necessidades emocionais das pessoas: a necessidade de pertencer, de se superar, de ser feliz. Marcas passam a ser agentes importantes para suprir esses desejos.
Marcas que fazem parte da vida das pessoas de forma relevante oferecem mais do que um bom produto ou serviço. Claro, isso é parte fundamental da equação. Mas não é suficiente para explicar a nossa preferência e, até mesmo, a paixão que nutrimos por elas.
Pense nas Marcas que você gosta, que inspiram, trazem uma conexão e fazem os seus públicos se sentirem parte das histórias que elas contam. O que elas têm de especial? Quando Marcas começam a entender como fazer parte de verdade da vida das pessoas, chegam a caminhos muito potentes para exercer a sua vocação.
A Harley-Davidson, por exemplo, não oferece “só” motocicletas e acessórios para motoqueiros. Ela vende um ideal de vida que passa pela sensação de ser livre, de experimentar os seus próprios caminhos e de pertencer a uma tribo.
Capitaneada por Rihanna, a sua Marca de lingerie Savage X Fenty não está no jogo só para vender roupas íntimas. Ela exerce um papel claro na vida das pessoas oferecendo maneiras de seus clientes se sentirem sexy, não importa o seu tipo de corpo, a cor da sua pele, ou idade. Mais do que uma peça de roupa, é uma ferramenta de empoderamento e autoconfiança.
Costumamos falar que Branding é um verbo no gerúndio, justamente porque precisamos estar atentos aos desafios e às oportunidades o cenário oferece. Na perspectiva das pessoas, é fundamental alinhar Marca, Negócio e Comunicação a partir de três pilares: identificação, experiências que fidelizam e narrativas que criam conexões emocionais com o público. Para chegar lá, pense em como a sua Marca quer fazer as pessoas se sentirem. Que história você vai contar, que experiência vai oferecer e que elementos vai usar para gerar identificação com o seu público?