Buscando relações mais humanas

O primeiro encontro da série de conversas com líderes de mercado foi com Marco Dalpozzo, Diretor de RH da CBF e sócio da Laje

A vulnerabilidade e o afeto nas relações profissionais vieram à tona com as inseguranças do cenário da pandemia. Esse é um momento oportuno para pensarmos em quais dessas respostas imediatas devem permanecer e criar caminhos mais perenes sobre o nosso jeito de fazer e de nos relacionarmos.

Pela primeira vez em muito tempo, temos um contexto que nos impacta globalmente, afetando saúde, economia, política e informação. Com o propósito como fio condutor de nossas decisões, temos percebido um apelo especialmente humano, uma cobrança de responsabilidade das Marcas frente a nossos negócios em meio ao cenário de pandemia.

Pensando nos desafios da construção de valor e em nossos comportamentos por trás de tantas transformações, compartilhamos quatro tópicos dos principais momentos da primeira aula do programa Construindo Valor em Tempos de Crise. O primeiro encontro contou com a participação de Marco Dalpozzo. Confira abaixo:

  1. Respondendo com inovação

Diante da incerteza, o que nos resta é inovar respondendo aos desafios do presente – é assim que construímos valor e fazemos transformações reais. O mundo VUCA é parte fundamental da nossa realidade e quanto antes pudermos assumir isso, mais natural será o caminho da inovação como resposta às mudanças.

Além disso, precisamos fazer o esforço contínuo de incorporar a inovação como parte do nosso jeito de pensar e agir, ou seja, trabalhar com nosso mindset de inovação.Assim, focamos no problema para trazer soluções reais, e trazemos mais experimentação para o nosso dia a dia.

  1. Novas relações de valor

A pandemia colocou em evidência a necessidade de repensar questões estruturantes da sociedade. Nosso julgamento sobre o que é importante e valioso está se transformando. Prosperar já não significa crescer em receita a qualquer custo, mas criar valor de forma responsável, conectada com as necessidades do negócio, com atenção à realidade das pessoas e do planeta.

Movimentos de mais colaboração, novas parcerias e jeitos de fazer foram acelerados e intensificados pela necessidade de sobrevivência de negócios que sofreram impactos imprevisíveis. Vemos marcas de cerveja criarem campanha para dar suporte a bares e restaurantes, plataformas de streaming que recomendam conteúdo de seus concorrentes e lideranças em grandes empresas que optam por manter o time em detrimento de parte do próprio salário. Tem sido um tempo de testar e aprender outros tipos de relações socioeconômicas, mais voltadas para o bem coletivo.

  1. O planejamento estratégico

Planejar continua sendo importante, mas precisamos cada vez mais saber adaptar nossos planos e direcionar nossos esforços de acordo com as prioridades que emergem rapidamente. Nossas expectativas e previsões já não podem combinar longo prazo, rigidez e previsibilidade.

Em lugar do sistema comando-controle, precisamos trabalhar na construção de uma cultura de agilidade, autonomia e alinhamento, em que todos possam ser guardiões da estratégia, capazes de rever as prioridades e direcionar o foco conforme o contexto que, como precisamos assumir, é mesmo volátil.

  1. O propósito do Brasil

Somos um país jovem, que precisa ter uma visão de futuro e encontrar um propósito compartilhado. Só assim construiremos valor a partir do nosso jeito de ser, naturalmente otimista e adaptável. É tempo de reconhecer nossos valores fundamentais, perceber o que nos motiva a continuar fazendo, no agora, a partir daquilo que nos une por identidade.

As principais mudanças que estamos atravessando neste momento são de mentalidade, comportamento e relações. O modo como atravessamos essa crise é determinante para a visão de futuro que queremos construir.

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