Estamos todos juntos, mesmo isolados.
Pela primeira vez na nossa história recente, estamos vivendo um problema global, que nos afeta nos mais diversos níveis. Profissionalmente, estamos aprendendo o que significa ter uma operação completa no virtual e, pessoalmente, precisamos gerenciar vida pessoal, demandas do trabalho e cuidados gerais recomendados à população. Claro, há também quem segue a vida “normal”, com mais atenção e restrições.
Se isso é verdade para pessoas, é também a realidade de Marcas e organizações.
Nas últimas semanas, temos visto uma série de iniciativas e movimentos que colocam à prova a adaptabilidade como uma característica fundamental dessa nova década – assim como tem falado nossa parceira Andrea Janér, da Oxygen, em suas lives diárias no Instagram.
O primeiro momento é de apreensão. O que fazer agora? Uma dica: faça algo e faça agora. Mas não de qualquer jeito, nem a qualquer custo.
No contexto, é preciso atuar sob algumas premissas, que já passam a fazer parte das regras do jogo. Aqui, levantamos algumas delas.
A liderança precisa se colocar de forma mais ativa para solucionar problemas
Nas organizações, diversas empresas criaram suas próprias formas de migrar a operação para o virtual. Em diversos casos, forneceram ferramentas de trabalho, contrataram softwares e mudaram a rotina para se adaptarem à nova realidade. Treinamentos, reuniões e alinhamentos foram revistos para gerar mais engajamento, retorno e construir uma relação de confiança entre times e líderes.
Visão de curto prazo
Estamos acostumados a fazer planos para daqui a cinco anos. Claro, eles são importantes, continuam válidos, mas nosso foco deve ser no amanhã, na semana que vem. Se o mundo VUCA soava quase como um modelo teórico, hoje vivemos ele na pele e precisamos estar aptos para atuar e nos posicionarmos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Comunicação relevante
Se, por um lado, estamos isolados, por outro, nunca tivemos tantas ferramentas para nos conectar. E isso tem um custo muito grande. São muitas informações, sugestões, dicas, notícias. O ponto é que, em primeiro lugar, informação em excesso vira ruído. Em segundo, seu usuário e seu time precisam de comunicação relevante, que vai fazer diferença nas suas vidas. O mesmo vale para Marcas. Se não for para falar algo relevante, que construa valor para a sua Marca e para o mundo, é melhor não falar. E, principalmente, mais do que só falar, é importante implementar, fazer, tomar a frente e inspirar as pessoas para transformarem o mundo.
Oportunidade, oportunismo e propósito
Sim, é fundamental entender realmente a diferença entre oportunidade e oportunismo – pessoas e Marcas serão cobradas por saberem essa diferença – e vislumbrar que toda crise é também uma oportunidade. Mas precisamos ir além disso. Oportunidade se constrói com ações reais, separando o que deve ficar e o que deve ir embora depois dessa crise, pois sabemos que não seremos os mesmos, nem os nossos negócios. A oportunidade real é colocar o seu propósito – o seu talento, a sua maior vocação, a serviço de um impacto positivo no mundo – em ação. O seu propósito deve ser propositivo. Este é o primeiro passo para Marcas e organizações atuarem de forma genuína, gerando valor para seus negócios, para seus públicos e para o ecossistema. Falaremos mais sobre isso em um outro artigo.
Por ora, cuidem-se, lavem as mãos, se puderem fiquem em casa e tenham calma, que daqui a pouco passa.