Por que a comunicação em 2026 será guiada por comunidades, cultura e conexões humanas — e não apenas por algoritmos
A comunicação digital vem se tornando um reflexo cada vez mais genuíno de quem somos como seres humanos e das comunidades às quais pertencemos. Em um mundo saturado de informações e estimulado por algoritmos, as organizações precisam ir além da atenção momentânea ou do foco exclusivo no transacional. O estudo Global Social Media Trends 2025, da HubSpot, mostra que 30% dos profissionais de marketing, comunicação e mídia apontam o aumento da lealdade à marca como principal benefício de construir comunidades nas mídias sociais.
Essa evidência ajuda a explicar um movimento maior: o consumo está menos ligado a campanhas de visibilidade e mais à capacidade das organizações de criar identificação cultural, sentido e pertencimento. As pessoas seguem, compram e defendem aquilo que ajuda a contar ao mundo quem elas são.
Neste artigo, analisamos como os movimentos de mercado e o comportamento de consumo estão mudando, além de abordar como as organizações podem construir uma estratégia de comunicação realmente sustentável, integrando branding, cultura e comunidade.

Global Social Media Trends Report, Hubspot, 2025
Micro e nano influenciadores: a nova dinâmica da influência

O Brasil já contabiliza mais de 2 milhões de influenciadores ativos, segundo levantamento da Influency.me com Opinion Box, e 79% deles são nano influenciadores (perfis com até 10 mil seguidores e maior taxa média de engajamento no Instagram, de 3,2%). No TikTok, esse grupo também cresce rapidamente, acompanhando o salto de consumo da plataforma no país.
Esses influenciadores se tornaram protagonistas porque operam em escala humana: falam com grupos específicos, compartilham rotinas reais e estabelecem proximidade. Isso produz um impacto que grandes celebridades não conseguem entregar com a mesma profundidade.
A Harvard Business Review reforça esse movimento. No artigo When It Comes to Influencers, Smaller Can Be Better, pesquisadores mostram que campanhas com investimentos de US$ 50 em nano influenciadores geraram, em média, retorno superior a US$ 1.000, revelando que relevância cultural e conexão emocional importam mais do que alcance massivo.
Para organizações, o desafio não é apenas “estar nas plataformas certas”, mas inserir produtos, serviços e narrativas em ecossistemas onde as pessoas se reconhecem. Nano influenciadores ajudam justamente nisso: a traduzir a marca para a linguagem de uma comunidade.
Redes sociais: tendências momentâneas ou movimentos culturais profundos?
Para além das tendências, é preciso exercitar a leitura dos movimentos culturais. TikTok, Instagram, YouTube e LinkedIn continuam sendo prioridades de investimento para 2026, mas a pergunta relevante não é qual plataforma dominará o mercado, e sim o que as pessoas buscam dentro delas.
Hoje, o valor de uma organização está ligado à sua capacidade de gerar identificação: aquela que nasce de maneira genuína do seu propósito. As redes sociais podem, sim, impulsionar um crescimento exponencial ao escalar anúncios e investimentos em mídia paga. Mas, para que esse crescimento seja sustentável para o negócio, é preciso enxergá-las como espaços de pertencimento, onde relações se constroem a partir de valores compartilhados e não apenas de exposição.
As pessoas buscam ambientes onde possam expressar quem são, recomendar o que amam, seguir quem as inspira e cocriar narrativas. As organizações que constroem comunidades nesse contexto conquistam algo raro: atenção qualificada, afinidade e continuidade, elementos fundamentais para conversão e fidelização.
TikTok Shop e o avanço das compras sociais

Com a chegada do TikTok Shop e a previsão de que 70% das organizações comercializassem produtos diretamente pelas redes sociais até 2025, o social commerce se consolida não apenas como canal de vendas, mas como novo comportamento cultural.
Consumir dentro da plataforma reduz atritos, aumenta a conveniência e transforma influenciadores (especialmente os pequenos) em mediadores de confiança. Eles não apenas divulgam: moldam hábitos, constroem tribos, legitimam escolhas.
Mas essa transição exige mais do que presença. Exige que as organizações:
• Entendam como seus produtos entram na vida das pessoas;
• Criem experiências fluidas, não interrupções;
• Conectem narrativa, propósito e utilidade;
• Respeitem a inteligência cultural de cada comunidade.
O e-commerce social não é só sobre vender rápido. É sobre reforçar relações que, depois, se convertem em vendas.
Construção de comunidade: a nova era da comunicação digital
A era dos seguidores ficou para trás. Em 2026, o que irá apoiar o crescimento das marcas de forma sustentável são as comunidades, não audiências. Pessoas não querem só produtos: querem tribos, propósitos, reflexos de si mesmas.
Pertencimento é inerente à nossa natureza humana, e isso se intensifica no ambiente digital. As comunidades não se formam espontaneamente. Elas surgem quando organizações:
• Comunicam valores autênticos;
• Tratam seu público como humanos, não como métricas;
• Participam da cultura, não apenas a comentam;
• Criam experiências que unem, não apenas vendem.
Marcas brasileiras que constroem comunicação com propósito
Em 2024, desde o lançamento do rebranding de Camponesa, uma nova fase da marca que ocupa o tier de preço médio/alto com oferta mais premium dentro do Grupo Alvoar começou a criar vida no dia a dia dos consumidores. Com novas embalagens, espaços físicos de experiência da marca e o propósito de “Fazer dos afetos novos sabores”, a primeira campanha desse novo momento trouxe a mesa um novo ponto de vista que assina nossas peças: “Sabor se cria junto”.


Com uma nova onda de campanha realizada em 2025, um planejamento de conteúdo sólido e ações com influenciadores regionais, Camponesa seguiu construindo esse novo diálogo com o seu público nas redes sociais ao longo do ano.
O resultado? Um aumento significativo no alcance e engajamento, somando 12 milhões de visualizações ao total e mais de 55 mil engajamentos, no Instagram e TikTok. De receitas a vídeos de rotina, entregamos narrativas autênticas focadas em performance, geramos conteúdos que integram pessoas, cultura digital e construção de marca.
Conclusão: a comunicação em 2026 será humana, conectada e sustentável
À medida que avançamos para 2026, fica claro que comunicação eficaz não depende só de tecnologia, mas de humanidade. As pessoas buscam se identificar, se conectar e pertencer. E isso atravessa plataformas, influenciadores, lojas físicas, mídias tradicionais, algoritmos e narrativas.
O papel das organizações é ler a cultura, integrar branding à comunicação e participar das conversas certos, com os valores certos. Na anacouto, acreditamos que esse é o caminho mais sustentável: unir propósito, branding e execução de comunicação para construir comunidades potentes e resultados tangíveis para o negócio.
Organizações que seguirem por essa trilha não apenas acompanharão o mercado: serão protagonistas da cultura que desejam transformar.
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